Queria que Fosse uma Crônica

Frio de congelar os ossos, chuva fina e desagradável, noite previsível. Sim essa é a primavera ou pelo menos a minha primavera. Campeonato de futsal do ensino médio fez isso parecer mais entediante ainda.

Ficar mais de 45 minutos gritando, gesticulando, pulando e mais andooo por causa do jogo da minha turma não foi nada inspirador, ainda mais depois de um final trágico, perder de 3x2 pra uma sala mixuruca do segundo ano foi devastador e ridicularizante. Ok eu não estava jogando, mais era a minha turma e eles insuportáveis ou não mereciam ganhar ou não.

Meus olhos ficaram saltados na arquibancada ao lado só admirando, quero dizer observando o gato misterioso do terceiro ano, alem de lindo era gentil e foi capaz de desperta um dos mais lindos e desprezíveis sentimentos em mim, o amor. Há como o amo, mais do que devia amar. Um amor daqueles que me inspira a escrever vários textos melosos e sentimentais, Um amor daqueles que mendiga apenas um olhar, Um amor daqueles que mesmo sabendo que ele nunca foi aquecido permanece aceso.

Hoje no intervalo antes da sala dele jogar ele olho pra mim, queria sumir por ter gostado e por ter desejado aquilo, quero por tudo que é mais sagrado esquece isso que eu chamo de querer, que talvez eu chame de amor.

Voltando do intervalo sua sala era a próxima a jogar nem ao menos percebi quando vi estava ele com aqueles olhos lindos, de camisa branca, short preto e chuteira branca. Sim, ele estava lindo.

O camisa oito, ele carrego o time nas costas marcando três gols seguidos e dedicando-os nada mais nada menos de que pra sua namorada que não parava de gritar o seu nome. A cada gol parecia que meu coração apertava. Foi o jogo mais esclarecedor da minha vida, percebi ali que deveria...

Sinceramente esquecer ele, o jogo, os gols, a chuva, o frio, a primavera e principalmente o amor.